“É necessário sair da ilha, para ver a ilha. Não nos vemos, se não saímos de nós.” (José Saramago)
Esta é a diferença substancial para aqueles que acreditam e lutam para tornar reais os sonhos de tanta gente secularmente excluída da riqueza de nossa pátria.
É uma pena que muitos só consigam enxergar os seus próprios umbigos, a cegueira foi um dos clássicos livros que depois virou filme do Saramago, ela mostra o quanto as pessoas podem se comportar no egoísmo cego, mesmo que privados coletivamente de suas visões.
Mas o pior para mim é a miopia deliberada, quando não queremos ou não aceitamos ver a vida do próximo melhorada.
Quando o indivíduo alvo de comparação já for rico é como se o sujeito sentisse certa idolatria, uma admiração mais do que uma inveja, pois sonha chegar a ser como ele.
Entretanto quando o indivíduo é pobre, é um acinte, uma abominação qualquer medida que promova a sua ascensão social.
A reação é de outro espectro: o sujeito sente-se ameaçado na sua condição ou status quo, ah, quanta pobreza de visão social, está ancorada no conforto de mesas abastadas e mentes egoístas.
AjAraujo, o poeta comenta postagem daqueles que criticam os programas de inclusão social e de combate a miséria no Brasil.Arte em Mural de Rua: “Não vai ter copa”, Brasil.