Consagrou-se o dia de hoje
como o dia de pregar peças
na arte popular, mas nada nobre
de enganar ingênuos e distraídos
Com a cara mais lavada
na mais “pura” seriedade
conta com a santa ingeinudade
para o trivial você sabia
Mas, entre verdades e mentiras
Decerto mais mentiras do que verdades
Vamos vivendo muitos primeiros de abril
Nos muitos engodos, enganos mil de nosso Brasil
Vez por outra, abre-se o portal da esperança
e dizemos ainda meio incrédulos “é sério?”
querendo crer, mas usualmente desconfiando
especialmente na vida pública e na justiça
Aliás, quase nada escapa a “este juízo”
quase firmado no inconsciente coletivo
da nação, do povo quase sempre traído
nas artimanhas e trapaças do poder político
Ah, reconheçamos novos ventos sopram a justiça
recente, o casal Nardoni foi condenado
sem ficar solto durante o recurso interposto
como ocorreu com o jornalista Pimenta
Manchete: nunca na história deste país
um Governador, logo da capital da República
vai preso por gatunice, o tal do Arruda
pena que outros ratos inda andem impunes
Mas, nunca é tarde, né Nicolau
para acabar com as mentiras
plantadas com habitual cara de pau
da impunidade mantenedora de falcatruas…
Ia só falar do primeiro de abril
uma bem humorada brincadeira
Mas, acabei tocando na costumeira mentira
Por se tratar de uma questão nacional
Se não mudarmos as crenças
e os mitos do “levar vantagem em tudo”
a mentira seguirá alimentando as práticas
da corrupção e da lavagem do recurso público
Por isso, o 1o. de abril da mentira
da saudável brincadeira,
poderia ser substituído pelo dia da verdade
e que não seja comemorado no dia de… “são nunca”