Poema sem meta

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Poema sem meta
Estrada sem reta
Lágrima vertida
Légua percorridaLetra sem palavra
Vulcão sem lavra
Sangue escorrido
Farol apagado

Canção sem melodia
Chuva sem ventania
Açude secando
Sertão rachando

Beco sem saída
Túnel sem luz do dia
Gente apagando
Flores murchando

AjAraújo, o poeta humanista, agosto de 2009.

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Telas e cenas da vida – tributo aos pintores com os pés e a boca

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Aprecio demasiado
o esforço empreendido
por anônimos

ou famosos artistas
em retratar nas telas
os grandes dramas humanos

Em minhas andanças
por pinacotecas
ou em museus de artes
ou em torno de praças

Sempre me detenho
a buscar o sentido
o significado do mergulho
do pincel na alma do quadro

A mensagem do campo de girassóis
de Van Gogh e os gênios pintores
expressos no naturismo de Monet
à luz nas telas de Reembrandt

Como me marcou profundamente
a Santa Ceia por Salvador Dalí
os retirantes de Cândido Portinari
e de Pablo Picasso, Guernica célebre.

Todavia, há pintores anônimos
superam adversidades e anomalias
pintando com a boca, com os pés
suportando dores através das cores.

AjAraújo, o poeta humanista, homenageia aos artistas dos pincéis, especialmente às vítimas da Talidomida e de outras malformações congênitas ou adquiridas, que superam as limitações físicas com o espírito de amor e as cores de seus traços. Escrito em Janeiro de 2010.

Pinturas da pintora com a boca, Rose Orth.

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Verdade e Mentira (Ao primeiro de abril)

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Consagrou-se o dia de hoje
como o dia de pregar peças
na arte popular, mas nada nobre
de enganar ingênuos e distraídos

Com a cara mais lavada
na mais “pura” seriedade
conta com a santa ingeinudade
para o trivial você sabia

Mas, entre verdades e mentiras
Decerto mais mentiras do que verdades
Vamos vivendo muitos primeiros de abril
Nos muitos engodos, enganos mil de nosso Brasil

Vez por outra, abre-se o portal da esperança
e dizemos ainda meio incrédulos “é sério?”
querendo crer, mas usualmente desconfiando
especialmente na vida pública e na justiça

Aliás, quase nada escapa a “este juízo”
quase firmado no inconsciente coletivo
da nação, do povo quase sempre traído
nas artimanhas e trapaças do poder político

Ah, reconheçamos novos ventos sopram a justiça
recente, o casal Nardoni foi condenado
sem ficar solto durante o recurso interposto
como ocorreu com o jornalista Pimenta

Manchete: nunca na história deste país
um Governador, logo da capital da República
vai preso por gatunice, o tal do Arruda
pena que outros ratos inda andem impunes

Mas, nunca é tarde, né Nicolau
para acabar com as mentiras
plantadas com habitual cara de pau
da impunidade mantenedora de falcatruas…

Ia só falar do primeiro de abril
uma bem humorada brincadeira
Mas, acabei tocando na costumeira mentira
Por se tratar de uma questão nacional

Se não mudarmos as crenças
e os mitos do “levar vantagem em tudo”
a mentira seguirá alimentando as práticas
da corrupção e da lavagem do recurso público

Por isso, o 1o. de abril da mentira
da saudável brincadeira,
poderia ser substituído pelo dia da verdade
e que não seja comemorado no dia de… “são nunca”

AjAraújo, o poeta humanista, reflete sobre o dia primeiro de abril e o espectro real da mentira e da verdade em nosso país, escrito em 1/4/10.

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Algemas do amor

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Sou prisioneiro sem saída
Torturado dia após dia
Réu-confesso do que sinto
Esmagado por braços quentes
Fitado por olhos incendiáveis

E todo dia
a mesma sede
a mesma fome
o mesmo doce
a mesma rede

Seguram-me ao leme
Deste amor insensato
Que me fez fraco
Porém sigo preso ao porto
Barco que procurei ancorar.

AjAraújo, o poema humanista.

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A travessia do amor

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Quem conduz sua vida na perspectiva
da plenitude do infinito, decerto AMA
E o amor é o combustível da travessia
da viagem da transmutação física

Quem conduz sua vida só na perspectiva
da vida material, finita, decerto AMA
Mas, o amor é míope, uma energia sem força,
pra dar rumo à sua trajetória.

AjAraújo, o poeta humanista, escrito em maio de 2010.
Imagem: Oleo sobre tela: A sagrada família de EL GRECO. Metropolitaum Museum of Art – New York.

 

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​Um lugar para ser feliz

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A mim bastaria…
Um recanto em pensamento
Pra viver em harmonia
Na placidez de um lagoA mim levaria…
Em uma viagem d’alma, calmaria
A mergulhar nos portais cósmicos
Em tempos idos e vindos, etéreos

A mim tornaria…
A percorrer montanhas e florestas, toparia
Ouvindo os cânticos de pássaros silvestres
Cruzando vales e planícies terrestres

A mim elevaria…
O espírito inquieto, assim contemplaria
Paradas nas estações celestiais
De minhas buscas incessantes

A mim chegaria…
A luz além sol, quase cegaria
No ritmar de remos em nuvens abissais
Levitando nas elevações espirituais.

AjAraujo, o poeta humanista.
Imagem: Pintura surreal de Rob Goncalves

 

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O sentido da amizade

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Amizade é ato de espontaneidade
Que radicaliza a possibilidade
Do encontro e da reciprocidade
Da convivência e da solidariedade

A verdadeira amizade
não impõe limites
na relação dialogal

Amigos falam
com franqueza
e sinceridade

Palavras que voam
como folhas soltas
no clima outonal

Mas, é na arte da escuta
que a amizade se revela
com maior maturidade

Amigos não se encontram apenas
alhures, ainda que a ausência
nuble o espírito humano,
os amigos estão presentes

Despertam vibrações
e risos contidos, nos libertam
das correntes da vida,
no simples ato de dizer “vamos”.

Amigos não ficam estáticos
Emergem da força cinética
que por vezes nos oprime

E nos reposicionam na roda dinâmica,
Com simples atos de entrega, doação,
no compartilhar de uma vida “prime”.

Se há algo que não tem preço,
não se compra nem se vende;
não se forja; não se ganha;

não se inventa;
apenas se conquista
– ato mútuo –

esta é uma boa razão
para ter amigos como vocês.
amigos riem e choram,
partilham e solidarizam.

AjAraújo, o poeta humanista, escrito no retorno de Dublin, Irlanda em abril de 2009, em homenagem aos colegas do Brasil presentes no evento SRNT-Dublin, dedicado a eles e aos amigos de ontem, hoje e sempre

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Saúde do Trabalhador

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Saúde do Trabalhador

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Dependência Química

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Dependência Química

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Tabagismo

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Tabagismo

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