Solidão das cidades

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Quem sou,
se ora sou nada
ora tudo sou,
chama que acende
vela que se apaga

Quem sou,
folha solta
no ar,
janela aberta
ao tempo.

Quem sou,
grão de areia
poeira cósmica
energia
e massa

Quem sou,
peregrino
no deserto
d´alma
ecoa

Quem sou,
solitário
caminhante
ruas desertas
praças vazias

Quem sou,
nas marquises
escapando das gotas
da chuva fina
das poças na calçada

Quem sou,
que se aventura
na noite escura
no retorno pra casa
no ônibus ou trem da agonia

AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 28 de março de 2012.

Arte: Leonid Afremov, “The colors of winter”.

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