AjAraujo, médico e poeta

“Ainda hoje somos homens e mulheres de passagens; somos filhos da Páscoa. Os mares existem; os cativeiros também. As ameaças são inúmeras. ” (Pe. Fábio de Melo)

Com a vinda de Cristo,
Uma nova cerimônia memorial foi instituída – a ceia,
Substituindo a comemoração festiva da páscoa.

Em Coríntios 11:24-26 há a seguinte passagem:

Jesus tomou o pão, e tendo dado graças o partiu e disse:
“Isto é o meu corpo que é dado por vós;
Fazei isto em memória de mim”.

Por semelhante modo, depois de haver ceado,
Tomou o cálice, dizendo:

“Este cálice é a nova aliança no meu sangue,
Fazei isto todas as vezes que o beberdes,
Em memória de mim”.

“Porque todas as vezes
Que comerdes este pão e beberdes o cálice,
Anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha”.

O simbólico ato de partir o pão,
Indicava os sofrimentos pelos quais Cristo
Haveria de passar em nosso favor.

Há quem pense que a expressão “isso é o meu corpo”
Signifique que o pão e o vinho se transformassem
Realmente no corpo e no sangue de Cristo.

Cristo se referiu a si próprio dizendo:

“Eu Sou a porta” (João 10:7),
“Eu Sou o caminho” (João 14:6)
E outros exemplos que a Bíblia apresenta.

O pão e o vinho não fermentado,
São símbolos e representam
O sacrifício de Jesus Cristo.

Quando o cristão participa
Da cerimônia da ceia,
Ele proclama ao mundo sua fé

A cerimônia da Santa-Ceia – que Jesus instituiu –
Representa o sacrifício expiatório de Cristo
Em sua segunda vinda

Veio a substituir a cerimônia da Páscoa,
E traz diversos significados, dentre estes:
O ritual do lava-pés e da ceia

O significado do ritual do lava-pés
É a humilhação por que passou Cristo.
Mostra a necessidade de purificar a nossa vida.

Não representa a purificação dos pés,
Mas, de todo o nosso ser,
De todo o nosso coração.

É a própria reconciliação
Com o Deus criador, com o próximo
E conosco mesmo – união –

Não somos mais do que ninguém.
O maior é aquele que lhe serve,
Aquele que lhe lava os pés…

A Ceia significa a libertação do Pecado,
Através do sacrifício imposto
Ao nosso senhor Jesus Cristo.

Significa também:
Estar em comunhão com Ele.
E, acima de tudo, é um júbilo dos salvos…

Jesus declarou (Mateus 26:29):

“Não beberei deste fruto da videira,
Até o dia em que O hei de beber convosco
No reino de Meu Pai.”

AjAraujo, o poeta humanista, reflexões sobre a Páscoa (V parte), escrito em março de 2010.

Arte pela artista plástica brasileira Kátia Almeida ~ A Santa Ceia.

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O peixe foi adotado
como símbolo da páscoa
pelos primeiros cristãos.

Em grego, a palavra peixe
Era um símbolo da confissão da fé,
E, significava: “Jesus Cristo,
filho de Deus e Salvador do mundo.”

O costume de evitar carne vermelha
E comer peixe na sexta-feira Santa,
se associa ao fato de Jesus ter repartido
este alimento entre o povo faminto.

Assim reza a tradição firme,
de não se comer carne,
com o sangue derramado
em nosso favor, por Cristo.

AjAraujo, o poeta humanista, poema sobre a Páscoa (IV parte), escrito em março de 2010.

Imagem: Os peixes – Páscoa do artista plástico chinês He Qi.

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A Páscoa é celebrada
Em um domingo,
de modo universal,
Entre 22 de março e 25 de abril.

Tem sido associada
com ovos e coelhos de chocolate
Encontro sempre partilhado
Com muita alegria e felicidade.

O moderno ovo de páscoa, no entanto,
Só surgiu em meados de 1828,
Quando as primeiras fábricas de chocolate
Começaram a desenvolver-se.

A produção der ovos gigantescos,
Decorando as vitrines de lojas,
Marcou a moda entre as décadas
De 1920 e 1930 no século passado.

O maior e mais pesado ovo de páscoa
Que a história registra, foi produzido
No ano de 1992, em Vitória, na Austrália
Pesava 4,76 toneladas, com 7,10m de altura.

Mas, o que tem esta história a ver
Com a tradição da Páscoa? O que ovos
E coelhos têm a ver com o significado
da morte e da ressurreição de Cristo?

A origem dos ovos e coelhos
é cheia de lendas e antiga.
Os anglo-saxões foram os primeiros
A usar os coelhos como símbolo da Páscoa.

Outras fontes relacionam
este costume ao culto da fertilidade
celebrado pelo povo babilônico
e depois transportado para o Egito.

A partir do século dezoito,
Um deus Teuto-Saxão foi introduzido
nas festividades da páscoa
de germanos e ingleses,

Este deus representava luz e fertilidade.
À figura do coelho juntou-se o ovo
– símbolo da própria vida – embora
aparentemente morto,

O ovo contém uma vida
que surge subitamente; e este
é o sentido para a Páscoa,
após a morte, vem a ressurreição e a vida.

No séc. 13 a Igreja adotou
oficialmente o ovo como símbolo
da ressurreição de Cristo, santificando
um uso que originariamente era pagão

Então, a partir daí,
as pilhas de ovos coloridos
começaram a ser benzidas,
antes de sua distribuição aos fiéis.

Em 1215, na Alsácia, França,
Surgiu uma lenda:
– Um coelhinho da floresta
foi o animal escolhido

para levar um ninho
– cheio de ovos –
a um principezinho
que estava doente e abatido.

Hoje ainda se cultiva
O hábito de presentear
os amigos com ovos,
no dia da Páscoa.

Agora não mais
– ovos de galinha -, como antes
Mas, de sortidos bombons
e deliciosos chocolates.

A ideia principal
o simbolismo da ressurreição
– o de renovar a vida -,
pode ter sido perdida de vista,

Todavia, os chocolates não,
Eles continuam sendo
supostamente trazidos
por algum coelhinho…

AjAraujo, o poeta humanista, reflexões sobre a Páscoa (Parte III), escrito em março de 2010.

Imagem: A Páscoa, do artista plástico chinês He Qi.

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Para comemorar este livramento
– de caráter tão extraordinário -,
cada família hebreia deveria
ter em seu calendário anual

A festa da Páscoa!
Palavra hebraica
que significa “passagem”
ou “passar por cima”.

A festa lembra não só
a libertação do jugo do Faraó,
Mas, também a libertação
da escravidão do pecado,

Pois, o sangue do cordeiro,
apontava para o sacrifício
de Jesus Cristo, o cordeiro
que tira o pecado do mundo.

A chamada páscoa cristã,
Foi então estabelecida,
no Concílio do Vaticano, de Nicéia,
no ano 325 de nossa era.

Ao adotar a Páscoa
como uma de suas festas,
a Igreja Católica, inspirou-se
inicialmente em motivos judaicos:

A épica passagem, a travessia
pelo mar Vermelho aberto,
a dura viagem pelo deserto
rumo à terra prometida,

No entanto, retira a peregrinação ao Céu,
Eucaristia exemplificada por este maná,
e muitos outros ritos, que pouco a pouco,
vão perdendo espaço na tradição.

Em geral, Igrejas de linha Evangélica,
celebram morte e ressurreição de Cristo
através da Cerimônia da Santa Ceia
imortalizada por Jesus e seus apóstolos.

Na antiga Páscoa judaica,
a família removia de sua casa,
todo o fermento e todo o pecado,
antes da festa dos pães ázimos.

Do mesmo modo, os cristãos
devem confessar os seus pecados
e deles arrepender-se do orgulho,
das rivalidades, ressentimentos

Da vaidade e da inveja,
com a cerimônia do lava-pés,
assim como Jesus Cristo
fez com os seus discípulos.

AjAraujo, o poeta humanista, reflexões sobre a Páscoa (Parte II), escrito em março de 2010.

Imagem: Manhã de Páscoa, do artista plástico chinês He Qi.

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